“Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé, sabendo que os irmãos que vocês têm em todo o mundo estão passando pelos mesmos sofrimentos.” (1 Pedro 5:8-9)

sofrimento

Foto por: muffinbasket (Creative Commons)

Quando Pedro escreveu esta carta, ele pretendia encorajar os irmãos e irmãs em Cristo. Ele escreveu diversas recomendações, especialmente para aqueles que estavam enfrentando sofrimentos.

Naquela época, os cristãos eram perseguidos. Na verdade, ainda há cristãos em todo o mundo hoje que sofrem e são perseguidos por causa de sua fé.

Eu vivo em uma sociedade livre. Eu posso adorar a Deus e falar de Jesus e ninguém vai me punir por isso. Às vezes eu ouço piadinhas de mau gosto, mas dificilmente vai além disso.

Eu vivo em uma sociedade que se acostumou com essa liberdade, e acabamos não dando o devido valor a ela.

Não é difícil encontrar pessoas que começam a reclamar e questionar a Deus quando elas passam por um momento difícil. “Se Deus é bom”, eu as ouço dizer, “como Ele permitiu que isso acontecesse comigo?”

É claro que estas pessoas se referem a algo que elas acham que é ruim, e que por algum motivo elas acham que não mereciam que aquilo lhes acontecesse.

Mas então eu leio a carta do apóstolo Pedro, e eu percebo que há algo muito errado com a nossa maneira de pensar.

As pessoas estão em constante busca da felicidade, mas elas não sabem sequer definir o que significa felicidade.

Parece que há algum tempo nós começamos a viver em uma terra de conto de fadas, e passamos a vida esperando o “felizes para sempre”. E quando algo acontece para perturbar o nosso “felizes para sempre”, nós reclamamos.

Pedro tinha uma visão bem diferente:

Queridos amigos, não se admirem quando vierem a passar por provas ardentes como se algo de estranho vos sucedesse. Pelo contrário, alegrem-se por essas provações vos tornarem companheiros de Cristo nos seus sofrimentos; e depois terão o gozo e o privilégio de participar na manifestação da sua glória. Considerem-se felizes se são insultados por serem cristãos, porque o glorioso Espírito de Deus repousa sobre vocês. (1 Pedro 4:12-14 – tradução “O Livro”)

Ele realmente disse-nos que não nos surpreendermos com as provações? Na verdade, provas ardentes? Por que ele disse isso?

Porque ele entendeu que seu próprio sofrimento era uma forma de ele participar do sofrimento de Cristo, e ele se sentiu honrado em fazer isso.

E na verdade, Pedro viveu o que ele pregou. A tradição nos conta que ele morreu em uma cruz, assim como Jesus, mas ele se recusou a morrer da mesma forma que seu Salvador morreu, então ele pediu para ser crucificado de cabeça para baixo.

Para ele, até mesmo uma morte cruel não foi uma surpresa, não foi um motivo para reclamar de Deus ou duvidar dEle. Ele considerou uma honra ser capaz de fazer isso, e a sua expectativa era passar a eternidade com o Senhor. E isso é realmente quando o “felizes para sempre” começa, e não agora.

O nosso “felizes para sempre” começa quando esta vida terminar. Aqueles que escolheram viver para Deus aqui irão viver com Ele na eternidade.

Pedro sabia, e nós precisamos aprender, o que é o verdadeiro “felizes para sempre”.

E quando tivermos aprendido, vamos entender por que Pedro pensava daquela forma sobre o sofrimento aqui e o regozijo lá, com o Senhor. Então iremos finalmente compreender o verdadeiro “felizes para sempre”.

Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou”. (Apocalipse 21:3-4)