Nos últimos dois sábados eu assisti um curso de liderança de projeto social cristão, ministrado por Suzanne Duppong, uma missionária do JEAME, a ONG com a qual eu tenho trabalhado.

Garoto na rua

Foto por: © iStockphoto / gwflash

Suzy, como nós a chamamos, trabalha há 31 anos servindo os necessitados e ministrando a Palavra de Deus em favelas, na Fundação CASA (antiga FEBEM) e nas ruas, alcançando crianças e adolescentes carentes, geralmente aqueles que estão de alguma forma envolvidos com o vício de drogas.

Esse curso que estou assistindo tem a finalidade de nos preparar para sermos líderes de projetos sociais. Nesse curso, além do conteúdo técnico, Suzy também compartilha histórias. Histórias de coisas incríveis que Deus fez na vida dela e também para alcançar esses jovens perdidos.

Ela expressa o amor que ela tem para com os “pequeninos” (como Jesus chamou-os) de muitas maneiras. Às vezes, explicitamente em palavras; outras vezes, em expressões de alegria quando ela fala de um único deles que tomou a decisão de aceitar o Senhor Jesus como seu Salvador e ir para uma clínica de recuperação para tratar sua dependência de drogas; outras vezes ainda, em sua indignação sobre a forma como os meninos são tratados, ignorados pela sociedade e maltratados pelo sistema que deveria protegê-los.

Coincidentemente, na sexta-feira passada eu estava revendo testemunhos que estarão disponíveis no novo site JEAME, no qual eu estou trabalhando atualmente. Havia tantas histórias tocantes. Pessoas que não tinham esperança, e encontraram Jesus. Pessoas que não tinham ideia do que é amor até que eles foram amados pelos missionários.

Muitas das pessoas que escreveram os testemunhos eventualmente se tornaram pastores ou missionários. Agora, muitos deles compartilham suas próprias histórias com os que estão passando pela mesma situação que eles passaram.

Se você acredita que as pessoas não podem mudar, você deveria conhecer essas pessoas. Elas são a prova viva de como Deus pode restaurar completamente uma pessoa, de um criminoso viciado em drogas, transformá-lo em uma nova pessoa, que quer fazer o bem para os outros, que quer ajudar os outros a encontrar o caminho certo.

E ouvindo as histórias da Suzy e lendo os testemunhos, uma coisa me chamou a atenção. O que é que toca a vida dessas pessoas perdidas e abre seus ouvidos para ouvir o que os missionários como a Suzy tem a dizer sobre Jesus? É o AMOR.

O amor é o que toca os corações dos meninos e meninas que estão tão perdidos. A maioria deles nem sequer sabe o que o amor realmente é. Mas eles passam a ver o amor de Deus em ação através do amor que os missionários demonstram a eles.

A questão não é o que os missionários pregam, é o que eles fazem.

E isso é uma lição de vida para mim.

Eu posso falar palavras bonitas, mas isso não é nada se eu não agir da mesma forma.

As pessoas observam antes de começar a ouvir. As ações falam muito mais alto do que as palavras.

Eu tenho que viver o amor sobre o qual eu falo e prego: o amor de Deus. Se eu fizer isso, a maior parte da minha pregação já terá sido feita.

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me valerá. (1 Coríntios 13:1-3)