Jesus e seus discípulos estavam reunidos na casa de Mateus, jantando com os publicanos (coletores de impostos) e outras pessoas que eram conhecidas como “pecadores”. Os fariseus não podiam entender por que Jesus se “misturava com aquelas pessoas”. Eles não aguentaram e foram perguntar a Ele.

Mãos de Jesus

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Jesus respondeu-lhes:

“Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos. Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios. Porque eu não vim chamar justos, mas pecadores.”. (Mateus 9:12-13)

Os fariseus eram as pessoas mais religiosas da época. Eles sabiam tudo sobre a Lei e eles achavam que eram justos por causa das coisas que eles faziam (os sacrifícios, as orações em voz alta, as “regras” que seguiam ao pé da letra). Eles achavam que eram merecedores do favor de Deus. Eles não precisam de um salvador porque eles podiam salvar a si mesmos.

Mas eles entenderam tudo errado.

Eles tornaram suas regras mais importantes do que a vontade de Deus. Eles estavam cegos por seu próprio orgulho, eles pensavam que eram dignos. Eles tinham o Salvador de Deus diante de seus olhos, mas eles não O reconheceram.

De fato, a Lei dada por Deus exigia um sacrifício. Mas Ele preferiu sacrificar a si mesmo, e é isso que os fariseus nunca entenderam (apesar das muitas profecias).

Eles não esperavam que Jesus fosse sacrificar a si mesmo para libertar todos nós:

Pois com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados. (Hebreus 10:14)

Jesus deu a Sua vida como sacrifício exigido pela Lei para nos purificar e nos fazer santos (isto é, separados para Deus). Então não precisamos mais fazer isso, não precisamos oferecer nossos sacrifícios. A Lei foi cumprida. O preço foi pago.

Como o apóstolo João escreveu:

Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. (1 João 2:1-2)

É fácil para nós olharmos para os fariseus e julgá-los. Mas quantas vezes somos tentados a fazer a mesma coisa? Quantas vezes fazemos algo para Deus e agimos como se isso nos fizesse dignos de alguma recompensa? Quantas vezes olhamos para outras pessoas e achamos que somos melhores, por qualquer motivo que seja? Quantas vezes nós tentamos fazer acordos com Deus para conseguir seus favores em troca? “Senhor, se você fizer isso por mim, eu prometo ficar tanto tempo sem fazer isso que eu gosto em troca”.

Os sacrifícios por si só não são capazes de mudar uma pessoa. Somente um verdadeiro relacionamento com Deus pode fazer isso. E agora, graças ao sacrifício de Jesus, nós podemos ter esse relacionamento.

Nós recebemos misericórdia e graça de Deus, então da mesma forma que recebemos, temos de mostrar e dar a outras pessoas também. Esse é o sinal de um coração verdadeiramente transformado.