Muitas vezes ouvimos pessoas dizendo que todos são filhos de Deus, geralmente querendo dizer que Deus tem proteger e abençoar a todos. No entanto, segundo a Bíblia, esta afirmação não é verdadeira. Todas as pessoas são criação de Deus, mas nem todos são filhos de Deus.

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O primeiro e único filho de Deus foi Jesus, como expliquei no post anterior. Foi Jesus quem criou a possibilidade de outras pessoas se tornarem filhos de Deus, aqueles que acreditam nele e  o recebem, por meio da fé (veja João 1:12,13 e Gálatas 3:26).

As pessoas que tomam essa decisão se tornam filhos de Deus por adoção, e assim também se tornam herdeiros de Deus, como Paulo explica:

Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temerem, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: “Aba, Pai”. O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus. Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória. (Romanos 8:14-17)

Nos dias de Jesus, ninguém usava a expressão “filho de Deus” para se referenciar a outra pessoa. O povo judeu era conhecido coletivamente como “o povo de Deus”, mas não como filhos. É por isso que eles se ofenderam tanto quando Jesus afirmou ser filho de Deus.

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Eles entenderam exatamente o que ele queria dizer. Se ele estava dizendo que era o filho de Deus, ele quis dizer que ele nasceu de Deus, que ele era o mesmo “tipo de ser” que Deus.

Dê uma olhada nestes versículos (ênfase adicionada por mim):

Mas, depois de ter pensado nisso, apareceu-lhe um anjo do Senhor em sonho e disse: “José, filho de Davi, não tema receber Maria como sua esposa, pois o que nela foi gerado procede do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados”. Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta: “A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe chamarão Emanuel”, que significa “Deus conosco”. (Mateus 1:20-23)

“Eu e o Pai somos um” (João 10:30)

“Então, por que vocês me acusam de blasfêmia porque eu disse: Sou Filho de Deus?” (João 10:36)

Mas Jesus permaneceu em silêncio e nada respondeu. Outra vez o sumo sacerdote lhe perguntou: “Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito?”
“Sou”, disse Jesus. “E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu.” (Marcos 14:61,62)

Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus. (2 Coríntios 5:21)

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Imagine uma prisão com muitos prisioneiros encarcerados. Pessoas que mataram, roubaram, estupraram, mentiram, enganaram, e cometeram todos os tipos de crimes e erros. Todos eles foram privados de uma vida livre. Eles estavam pagando o preço pelo que fizeram.

Um dia, eles ouviram esta notícia: alguém havia sido preso pelos crimes que cada um deles havia sido condenado.

Eles sabiam que havia algo errado, porque eles sabiam que eles haviam cometido os crimes. Quem quer que fosse, ele era inocente.

Eles ouviram falar que esse homem foi condenado à morte, e ele seria executado em breve.

Eles não entendiam exatamente o que estava acontecendo, mas quando ouviram mais informações sobre esse homem, eles se surpreenderam ainda mais. Esse homem era o único filho de um juiz muito poderoso. O mesmo juiz que escreveu as leis que haviam quebrado. E a parte mais incrível era que este era o mesmo juiz que condenou seu filho a uma sentença de morte.

Há algumas semanas tivemos uma visita especial na nossa igreja: David de Vinatea veio para compartilhar seu testemunho conosco. David é um ex-coronel do Exército peruano. Alguns anos depois de aceitar Jesus como seu Salvador, ele foi injustamente acusado de tráfico de drogas e enviado para uma prisão de segurança máxima, porque, devido à sua fé, ele se recusou a se corromper como vários oficiais do Exército e do governo de seu país, que acobertavam os traficantes de drogas.

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David foi preso em 1995. Dois anos depois, representantes da Open Doors (cuja representante no Brasil é a Missão Portas Abertas Brasil), um ministério que serve cristãos perseguidos no mundo inteiro, souberam de sua situação, e depois de confirmar que as acusações levantadas contra ele eram de fato falsas, eles começaram uma batalha legal para tirá-lo da prisão.

Durante o período em que ficou preso, David e sua família receberam apoio da Open Doors e da igreja local para suprir muitas de suas necessidades. Eles receberam milhares de cartas de cristãos de todo o mundo, encorajando-os. Várias pessoas foram também, através da Open Doors, visitá-los pessoalmente. Aquele era o verdadeiro Cristianismo em ação (veja Mateus 25:35-40).

Eu acredito que maioria de vocês já ouviu falar do episódio no qual Pedro e João, os discípulos de Jesus, curam um mendigo que era coxo (deficiente físico) em uma das portas do Templo, narrado no livro de Atos no capítulo 3.

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A Bíblia diz que o homem era coxo de nascença (versículo 2), e que ele dependia da caridade das pessoas para viver. Ele também dependia delas para levá-lo à porta do Templo, ele não poderia fazê-lo sozinho.

As entradas do Templo eram provavelmente os melhores locais da cidade para um mendigo pedir esmola. Muita gente indo e vindo para o templo, e as pessoas religiosas estariam mais inclinadas a ajudá-lo.

Aquele dia começou como um dia normal. O mendigo havia acabado de ser colocado no seu “ponto” onde ele costumava pedir esmolas, à porta do Templo. Assim que ele viu Pedro e João passando, ele fez o que estava tão acostumado a fazer: pediu-lhes dinheiro. Ele nunca imaginou que a interação com aqueles homens mudaria sua vida para sempre.

Era dezembro de 1995, quase dois anos depois que eu (realmente) aceitei Jesus como meu Salvador. Eu estava trabalhando no departamento de TI de um hospital do governo e decidi procurar outro emprego.

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Antes de começar a enviar cópias do meu currículo para as empresas, eu orei a Deus e pedi que Ele escolhesse qual empresa eu deveria trabalhar. Eu disse que eu sabia que nunca faria uma escolha tão boa quanto a dEle, então eu pedi a Ele um sinal: que eu fosse contactada por uma única empresa (apesar das dezenas de currículos que eu enviaria) – então eu saberia que aquela seria a empresa que Deus havia escolhido.

Eu pedi mais uma coisa: o meu salário no hospital era muito baixo, ele dificilmente durava até o fim do mês apenas pagando minha alimentação e passagens de ônibus e metrô. Então eu pedi a Deus para dobrar meu salário atual. Eu realmente precisava disso. E Deus sabia. Mas eu não considerava isso um requerimento, era apenas algo que eu gostaria de ter.

Poucos meses depois de distribuir os currículos, eu recebi um telegrama da IBM. Para os leitores mais jovens: sim, foi um telegrama, o avô dos e-mails.

A vida é repleta de escolhas. Ao longo de um único dia, tomamos dezenas, talvez centenas de decisões. Das mais simples, como escolher a roupa que vamos vestir ou o que comer no café da manhã, até as mais significativas, como a escolha de qual carreira seguir ou qual proposta de trabalho aceitar.

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Há escolhas que mudarão o rumo de nossas vidas. E quando se trata de tomar uma decisão dessas, o momento de agir é também muito importante.

Podemos pensar que precisamos agir agora, não podemos esperar. Mas, às vezes, esperar é uma opção válida que você deve considerar seriamente.

Vamos dar uma olhada em um exemplo de um episódio narrado em Atos 1:12-26. Depois que Judas morreu, os discípulos de Jesus sabiam que Deus iria preparar um substituto para ele, alguém para ser o décimo segundo discípulo em seu lugar. Então eles decidiram que o lugar de Judas deveria ser preenchido por um deles naquele momento.

Matias foi o escolhido, depois que tiraram a sorte entre ele e José, o Justo.

Neste trecho das Escrituras não está claro se o método empregado por eles para “tirar a sorte” permitia que nenhum deles fosse escolhido. Além dos dois candidatos, eles precisavam de mais uma terceira opção que lhes diria que não deveria ser nenhum deles.

Foi anunciado muito antes de acontecer. Profecias predisseram em detalhes o que iria acontecer séculos mais tarde. Elas anunciaram a vinda do Messias – o que significa o Ungido de Deus, a única pessoa que seria profeta, sacerdote e rei de Israel para sempre.

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Se você ler o Evangelho escrito por Mateus você vai ver muitas referências a essas profecias.

Enquanto esperava, o povo de Israel formou em suas mentes a imagem de como o Messias seria: um poderoso conquistador que os livraria da submissão ao Império Romano.

Eles não esperavam um carpinteiro nascido em uma manjedoura. Eles não esperavam alguém que lhes dissesse para amar os seus inimigos ao invés de conquistá-los. Acima de tudo, eles não esperavam um rei que morreria de forma humilhante na cruz.

Em Atos 2:29-35 Pedro explica como Davi, que era um profeta, sabia que Deus iria colocar um de seus descendentes no trono de Israel para sempre. Em seguida, ele explica como a profecia se cumpriu:

“Portanto, que todo o Israel fique certo disto: Este Jesus, a quem vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo.” (Atos 2:36)

Na semana passada, eu falei sobre o nosso tesouro, as coisas que são importantes para nós, e como Jesus deixou claro que devemos buscar o Reino dos céus. Ele exemplificou da seguinte forma:

“O Reino dos céus também é como um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou.” (Mateus 13:45,46)

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Quando eu escrevi sobre isso, fiquei pensando sobre este negociante…

Imagine como seria se a maioria das pessoas não fossem capazes de distinguir o valor dessa pérola. Eles teriam pensado que esse homem era louco. Eles provavelmente teriam pensado: “Ele vendeu tudo o que possuía em troca de uma bolinha brilhante? Isso não pode ser! Esse homem é louco!”

Somente as pessoas que podiam identificar o real valor da pérola, o quão preciosa e única ela era, eles eram os únicos que seriam capazes de entender o que ele fez.

Algo muito parecido acontece conosco quando estamos seguindo a vontade de Deus e buscando o Reino dos céus, como Jesus nos ensinou a fazer com aquela parábola.

No início de minha caminhada com Deus, percebi que eu precisava trabalhar mais em minha dependência dEle. Se eu precisasse de ajuda em algo que seria quase impossível de conseguir, eu imediatamente envolvia Deus e pedia Sua ajuda. Mas se eu tivesse um problema que eu pensava que eu poderia resolver, eu tentava fazer isso sozinha.

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A primeira vez que percebi esse meu padrão de comportamento foi quando eu visitei uma igreja e o pastor estava pregando sobre este tópico. Ele usou uma ilustração em seu sermão que abriu meus olhos.

Ele nos contou sobre quando sua filha mais nova queria comer um doce, mas o doce estava embrulhado num papel, e ela estava tentando desembrulhá-lo. Mas ela era muito novinha e ele sabia que ela não seria capaz de fazê-lo.

Ele se ofereceu várias vezes para ajudá-la e ela recusou. Ela era teimosa e insistiu até que finalmente ela percebeu que não havia jeito de fazer isso sozinha, e ela finalmente cedeu e entregou o doce para ele. Ele rapidamente resolveu seu problema e ela foi capaz de finalmente saborear o doce.

Ele disse que nós fazemos a mesma coisa com Deus: lutamos pensando que podemos fazer isso sozinhos. Então pedimos força, sabedoria, paciência, mas às vezes nos esquecemos de pedir-Lhe ajuda. Esquecemos de parar de teimar e deixar Ele tomar as rédeas do nosso problema.